quinta-feira, 22 de março de 2012

Bolo molhadinho de morango


Receita enviada por Fernanda Costa
  • Ingredientes
  • 3 ovos
  • 2 copos de trigo
  • 1 copo de quick de morango
  • 1 copo e 1/2 de açúcar
  • 1 copo de leite
  • 1 colher de fermento
  • 2 latas de leite condensado
  • 1 latas de creme de leite
  • 1 colher de manteiga
  • 5 colheres de quick
  • 1 copo de geleia de morango
  • Morangos para decorar
  • Modo de Preparo
  1. Bater os 5 primeiros ingredientes na batedeira
  2. Acrescente o fermento e misture com a colher
  3. Coloque em fôrma untada e asse em forno preaquecido por 40 minutos
  4. Não abra o forno antes do tempo
  5. Bata 1/2 lata de leite condensado com 1 copo de leite e 3 colheres de quick e regue bem o bolo que deve ser furado antes
  6. Em uma panela coloque 1 colher de manteiga, 1 lata e 1/2 de leite condensado, 5 colheres de quick, mexa em fogo médio até desprender da panela
  7. Acrescente 1/2 lata de creme de leite e cubra o bolo
  8. Por último bata o restante do creme de leite com a geleia de morango e coloque por cima com morangos para decorar
Informações Adicionais
  • Dica: se for colocar os morangos partidos, deixa-los em uma vasilha com açúcar antes de usar para soltar a água no açúcar.

Pão de três queijos.

Pão de três queijos

Por: Mariana Valentini

Rendimento:
20 porções

Pão de queijo na versão mais fácil. Direto da fazenda para a sua casa.

Você precisa de  
Leite fervente, 1 xícara (chá)
Ricota amassada, 200 g
Queijo parmesão ralado, 100 g
Queijo minas, 175 g
Polvilho doce, ½ xícara (chá)
Azeite, 2 colheres (sopa)
Ovos, 2
Orégano, 1 colher (café)
Sal, A gosto   
Passos

Ferva o leite. Coloque no liquidificador o leite morno, os ovos, o óleo, o queijo parmesão e a ricota amassada. Acrescente orégano e o polvilho doce e bata tudo.

Com o auxílio de uma concha, coloque a mistura em forminhas para empada untadas.

Adicione cubinhos de queijo minas. Asse em forno pré-aquecido, à temperatura média durante 30 minutos ou até ficarem dourados.

Luminária de vidro

Clara Camargo

Voce precisa de

Garrafas de vidro azul, q/n
Alfinetes para biju, q/n
Argolas de metal pequenas, q/n
Ganchos, q/n
Cola de silicone transparente      
Estrutura de metal para luminária com instalação elétrica  

Passos
1

Envolva a garrafa com um pano e quebre-a usando um martelo. Coloque os cacos de vidro em um frasco com areia e água, tampe e sacuda para limar as bordas. Lave e seque.

2

Utilize um alicate para fazer um gancho na extremidade reta do alfinete para biju.

3

Apoie um caco de vidro sobre a mesa, coloque cola de silicone e um alfinete, depois coloque outro caco de vidro por cima. Deixe secar. Repita esse processo até obter a quantidade de peças necessárias para fazer as tiras do tamanho desejado.

4

Para formar as tiras una as peças utilizando argolas de metal. Coloque um gancho em uma das extremidades da tira. Faça as tiras necessárias para cobrir todo o perímetro da estrutura da luminária.

5

Por último pendure todas as  peças na estrutura.

Cuscuz paulista de camarão

Cuscuz paulista de camarãoor:

Carla Pernambuco
Rendimento:
12 porções
Você precisa de:    
  
  • Tomate em lata, 1 lata
    Folhas de manjericão, ½ xícara (chá)
    Óleo de milho, 200 ml
    Cebola, 1
    Farinha de milho flocada, 350 g
    Farinha de mandioca, ½ xícara (chá)
    Pupunha, 1 xícara (chá)
    Ervilhas frescas, ¾ xícara (chá)
    Sardinha em água, 2 latas
    Ovos, 3
    Sal e pimenta, a gosto
    Camarão, 300 g
    Ovos de codorna, 12
    Camarões grandes, 12


    Passos


1-Bata o tomate no liquidificador, reserve.
 
2-Sue a cebola no óleo, junte o tomate, as folhas de manjericão e ferva rapidamente. Acerte o sal.
 
3-Junte ao molho a metade das ervilhas, a pupunha, a sardinha e o camarão picado.
 
Reserve.
 
4-Umedeça as farinhas com um pouco de água e esfarele bem entre as mãos. Junte ao molho, mexendo até desgrudar da panela.
 
5-Sirva gelado.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Segredos do Amaciante

 

Vivendo e aprendendo

O Comfort e outros amaciantes de primeira linha tem fixador de perfume na composição, por isso o cheirinho é especialmente duradouro.

Dá para limpar todos os vidros, azulejos e móveis da cozinha por um mês, usando apenas uma ou duas tampinhas de amaciante. Use o amaciante como lustra móveis  NÃO TEM POEIRA QUE RESISTA ...

AMACIANTE - Todos os Usos

- coloque em um frasco de álcool vazio, dois dedos de amaciante, dois dedos de álcool e complete com água. Aplique em pisos com pano úmido - além de limpar, desinfetar, deixa um cheiro gostoso. Aprendi isso com um amigo veterinário, que aplica diáriamente no chão da clínica. Êle me ensinou isso depois que "queimei"as patinhas de minha cachorrinha com produtos fortes para desinfecção de chão.

Faço um Passe Bem doméstico, para passar minha roupa:

1 litro de água, uma xicara de chá de amaciante, uma xicara de chá de álcool

Misturo tudo, coloco em um borrififador...Ao passar a roupa, é so borrifar ... É barato e rende muito.

Para deixar o seu piso limpinho, brilhante e cheiroso, ao invés de desinfetante ou aqueles limpa-pisos caros, coloque na água que servirá para a limpeza um pouco de amaciante. Deixa o piso que é uma beleza. Você nunca mais vai querer usar outra coisa.

"Esta do amaciante é ótima. E aproveito a água da máquina de lavar com amaciante e passo em toda a casa. Deixa a casa perfumada e economiza água."

Uso também o amaciante como:

lustra-móveis; limpa vidros; limpo geladeira por fora; azulejos;passo nas portas, quando não tenho desinfetante, uso-o nos banheiros, e onde mais der eu passo. Não é Bom-Bril, mas tem 1001 utilidades !!!

Eu uso nos meus armários de cozinha e nos gabinetes do banheiro que são de fórmica branca-fosca. Não manchou nada até hoje. Por isso, continuei usando...

E também descobri mais usos do amaciante, porque minha diarista havia manchado meu guarda-roupa que é da cor tabaco com óleo de peroba, ou sei lá o quê... e só consegui tirar depois de muitos produtos usados, com o danado do amaciante.

Isso já faz mais de 1 ano e continuo passando amaciante nos móveis e não ficaram nem ensebados, nem manchados. Mas ve você estiver com medo, passe em um cantinho que não apareça, para fazer o teste e ver se gosta...

Tirar manchas de cola

Eu uso para tirar mancha de cola do chão, aquela que as etiquetas do tapete deixam... É só colocar em cima e deixar um tempinho, depois é só limpar com um pano e pronto !

Estava aflita com o meu box. Ele é de vidro fumê bem lisinho. Por mais que eu lavasse e esfregasse levemente com Bom-Bril e água sanitária com sabão, algumas manchas simplesmente não saiam.

Ontem, eu deixei o vidro secar bem e passei Bom-Bril seco. Incrível! As manchinhas sairam com a maior facilidade!!! E eu morrendo de tanto esfregar com Cândida!! Quando terminei eu dei polimento com uma mistura de álcool e o Comfort.

- Coloquei 200ml de amaciante e preenchi com álcool até ele ficar ralo o suficiente para passar pelo tubinho de spray. Apliquei com um pano bem macio e bem seco em movimentos circulares e em um minuto estava tudo brilhando. O truque foi apertar o spray apenas uma vez em cada área do vidro e esfregar em movimentos circulares até sumir. Quando o pano já estiver levemente úmido, não precisa reaplicar.

PS: Quanto mais produto, mais trabalho para fazê-lo sumir.

Essa mistura de álcool e Comfort eu passei levemente no sofá e nas cortinas. A casa está cheirosa há HORAS. O banheiro idem.

Acho legal borrifar (levemente) também nos edredons e tapetes na hora de pô-los no sol.

Também estou passando este spray nas camas, todos os dias de manhã.

sábado, 3 de março de 2012

MAS O QUE É SER ESPOSA DE PASTOR?

 

Eu me converti aos 11 anos de idade, na 1ª Igreja Batista de Campos e fui batizada pelo Pr. Raphael Zambroth na noite de 31 de dezembro de 1951.

Apesar de ter pouca idade, tinha a altura de hoje, e assim as pessoas confundiam tamanho com maturidade, por isso, já comecei a vida de membro da igreja como responsável pelo departamento infantil com mais de cem crianças, mesmo sendo ainda uma criança.

O Pr Zambroti, se mudou para Niterói, chegou um novo pastor Josué dos Santos e sua esposa D. Manuelita que me ajudaram muito em meu início de vida cristã. Sempre que me sentia insegura, eles me aconselhavam e ajudavam nas minhas atividades na igreja.

Aos quinze anos de idade fui enviada pela igreja como representante da igreja na Assembléia da Convenção que se realizou na PIB do Rio de Janeiro. Maravilhada pelo que ouvia e via nas reuniões e me senti chamada ao ouvir uma mensagem na noite especial de Missões Nacionais. Naquela época, meus pais não se importaram, por que eu só poderia ir para ao ITC aos 18 anos e eles achavam que eu esqueceria a chamada até lá.

Mudamos para Vila Velha, no ES, pois meu pai fora transferido em seu emprego. Lá começamos a frequentar a Igreja Batista da Glória, de onde nos tornamos membros. Essa Igreja foi um verdadeiro laboratório em minha vida, ocupei muitos cargos importantes e representei a Igreja várias vezes em muitas reuniões. Ao terminar o curso científico, assistindo a uma conferência na minha própria igreja senti de novo a chamada de Deus para o seu trabalho.

Tinha grandes problemas a enfrentar: meu pai estava desempregado e o meu emprego era o único salário da família. Como atender o chamado?

O sonho de meu pai era que eu fizesse medicina, e nunca o de ser uma missionária.

Meus pais não concordaram, o clima em casa ficou tenso, e mais uma vez, procurei o meu pastor, agora, Pr. Armando Negreiros e sua esposa irmã Neuzi, para aconselhar-me. Escrevi ao ITC ( Instituto de treinamento Cristão) contei à situação que estava passando. Recebi dias depois, um telegrama como resposta que dizia, venha assim mesmo. Deus resolverá todos os seus problemas.

Os irmãos me deram todo apoio, pois conheciam o meu trabalho junto à igreja e acreditavam na minha chamada. A Igreja me enviou.

Logo depois, na outra semana da minha chegada ao ITC, dois homens chegaram a minha casa, procurando meu pai pelo nome, para oferecer-lhe um bom emprego.

Agradeci muito a Deus, pois me sentia culpada por deixar minha família, num momento em que precisavam do meu salário. Deus me mostrou que a vitória esta na obediência a Deus e não naquilo que pessoalmente possamos fazer. Achei que com o trabalho, meu pai e a igreja iriam ajudar-me como prometeram. Mas, o primeiro mês passou e o segundo e o dinheiro para pagar o meu estudo não chegou, nem por parte da minha família, nem por parte da igreja.

Trabalhei muito na escola, mas ainda assim, não tinha a quantia necessária para o pagamento. Varria as salas, lavava os banheiros, lavava louça do jantar... mas ainda assim, não tinha o dinheiro para o pagamento, nunca chegava ao que precisava para pagar a mensalidade, por mais que trabalhasse.

Resolvi deixar tudo e voltar para casa, fui procurar Miss Dorine, a diretora, para contar-lhe como me sentia, ela me pediu para aguardar e confiar no Senhor. Assim fiz, orava muito, sem saber como a situação seria resolvida, mas continuava a orar.

Um dia, algumas semanas depois, fui chamada à direção e lá recebi a grande notícia! A Associação de Senhoras do Sul dos Estados Unidos resolvera pagar os estudos de uma jovem no ITC e eu fora à escolhida, como agradecer uma bênção tão grande?

Eu tinha os meus estudos pagos, mas, o restante do problema é que eu não tinha nenhum dinheiro nem para os livros ou despesas pessoais.

Fui escolhida pela Igreja de Ramos, para ser sua Itecista. eu iria trabalhar todos os domingos. Com as crianças pela manhã, à tarde com as crianças e ponto de pregação na favela de Ramos, tendo de atravessar a Avenida Brasil. E a noite participando com os jovens e muitas vezes pregando no culto, pois o nosso pastor era bem velhinho e cego e quase sempre não ia à noite à igreja.

Eu ganhava seiscentos reais DA IGREJA, mas tinha uma despesa de 800 com a condução, sempre Deus dava um jeito e eu nunca faltei à igreja, nem deixei de cumprir as minhas obrigações.

Havia um jovem também do Estado do Espírito Santo que estava terminando o seu curso no Seminário do Sul, que sempre freqüentava o ITC nos dias de visita, às sextas-feiras. Dias comuns de visita à Escola.

Começamos a namorar no dia 1 de maio de 1962. Mas eu tinha medo de não estar fazendo a vontade de Deus.

Preocupei-me, porque, eu havia ido estudar e preparar-me para missões e não para ser esposa de pastor... As esposas de pastores que conhecia ambas eram excelentes criaturas, mas ambas muito sofridas e pouco reconhecidas por suas igrejas...Não trabalhavam muito na igreja, vivam para os seus filhos. Eu não queria ser esposa de pastor!

Mas uma vez, Miss Dorine, me mostrou os privilégios de servir a Deus como esposa de pastor, colocando que Deus precisava ter ao lado daqueles a quem chamava mulheres também chamadas que pudesse entender e ajudar no seu ministério. Assim, namoramos um ano, noivamos outro e em 1 de fevereiro de 1964, nos casamos na Igreja Batista da Glória no Espírito Santo.

Nosso primeiro ministério foi na PIB de Alcântara Estado do Rio, ali ficamos seis anos e meio, trabalhando muito para o Senhor. Eu me realizava ajudando o meu marido em tudo o que sonhávamos para o crescimento da igreja, trabalhando com as organizações, multiministério, no trabalho ao ar livre, no trabalho infantil e nas visitas aos lares... Que povo maravilhoso Deus nos deu para trabalhar! Sempre fui muito bem recebida por todos, me sentindo amada e respeitada naquela igreja até o dia de hoje. Já fui homenageada várias vezes e já pintei o batistério duas vezes.

Foram excelentes as experiências adquiridas ali, mas a grande prova veio quando em meio a tanto trabalho adoeci e tive de ser hospitalizada. Ao chegar ao hospital fui desenganada pelo médico que me atendeu. Lembro-me como saí arrasada do consultório, mas, ao chegar ao meu quarto abri a minha bíblia e a mensagem que encontrei foi: “Porque restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas...” Jeremias 30 17. Senti então o desejo de abrir um trabalho evangélico.

Levando esse plano ao diretor do hospital, recebi a autorização para a realização de reuniões semanais, então, agora eu fazia a visitação leito a leito e dirigia as reuniões com os doentes.

Meu pai conseguiu a minha transferência de hospital para Vitória, para que meu marido pudesse visitar a mim e a minha filha num só lugar.

Com três meses e dezenove dias eu estava completamente curada pelo Senhor, graças ao tratamento e a muitas orações das igrejas em meu favor. Voltando para a Igreja eu estava muito mais amadurecida em minha vida cristã, podia entender muito melhor as pessoas com enfermidades, Deus me dava às palavras certas para confortá-las. Eu amava a igreja de Alcântara e sentia que era muito amada por ela.

Em meio ao nosso trabalho e realizações, a 1ª Igreja Batista de Londrina convidou o Pr. Belardin para pastoreá-la... Como deixar um trabalho tão bom? Cinco igrejas foram organizadas, as conversões aconteciam semanalmente!

Como entender que devíamos deixar tudo e seguir para um estado distante e desconhecido numa igreja onde havia famílias de 15 nacionalidades, onde orações eram feitas em outras línguas onde só entendíamos o amém. Um povo amável, mas muito diferente do povo fluminense ao qual estávamos acostumados.

Mas Deus nos abençoou ali também, aprendi a lidar com a alta sociedade, pois, quase todas as autoridades eram membros da igreja e em todas as ocasiões importantes a igreja estava envolvida e nós também.

Era uma igreja, com poder aquisitivo muito alto, mas que, precisava da ação de Deus, pois, se acostumara a um tipo rotineiro de trabalho. Com um tipo de evangelho muito superficial. Nesse período meu esposo foi eleito presidente da Convenção Batista do PARANÁ e sempre esteve na liderança do trabalho estadual. Meu marido, apaixonado por missões, desejoso em seu coração de espalhar igrejas não fazia bem o perfil daquele grupo e até incomodava quando queria encher a igreja com pessoas das comunidades carentes.

Depois de cinco anos meu esposo foi convidado pela PIB de Campo Grande. Após visitá-la, vendo o seu envolvimento em tantas dívidas, por causa da má administração com um colégio que existia na propriedade da igreja, resolvemos responder negativamente pensando nas nossas responsabilidades e limitações pessoais, esquecendo que nas mãos de Deus somos apenas instrumentos. Ficamos em Londrina, por quase dois anos depois desse convite.

Deus não aprovou a nossa resposta, e, apesar da igreja atual, ficar feliz com a nossa permanência, as portas começaram a se fechar: Minha filha Laura, teve uma doença, escarlatina, muito grave, contagiosa e que naquele tempo tinha que ter isolamento de qualquer pessoa.

Assim, tivemos de entregar o nosso filho de apenas um mês de nascido para que uma irmã da igreja cuidasse dele, e a nossa pequena Ana com três aninhos fosse para ser cuidada por outra família. Nossa casa lacrada pela saúde pública nos deixou isolados das pessoas enquanto cuidávamos da nossa filha...

A igreja, contudo nos apoiava em tudo, lembro-me que telefonavam várias vezes por dia e também várias vezes a campainha tocava e quando abríamos a porta lá estavam frutas, doces, bolos, revistas livros de conforto e muitas mensagens de carinho... Não podiam ter contato pessoal conosco, contudo o faziam de forma muito mais marcante, quando aqueciam os nossos corações com tanta afetividade e provas de amor verdadeiro.

Foi uma prova muito dura! A Igreja era boa amiga, mas não queria evangelizar, e com isso não podia crescer... Isso mexia com a chamada do meu marido para o ministério. Eles estavam satisfeitos com a vida que a igreja levava, mas esse não era o propósito do meu esposo. Não bastasse isso a sua saúde começou a enfraquecer.

Começamos a orar e procurar encontrar a vontade de Deus, e reconhecemos, que havíamos errado ao dizer não a Campo Grande. Resolvemos então: que se algum dia aquela igreja nos convidasse novamente, nos aceitaríamos o convite, apesar de qualquer obstáculo...

O tempo ia passando e já sabíamos que não era mais ali o nosso lugar, apesar de todo o carinho e conforto que nos ofereciam... Enquanto esperávamos as coisas continuavam a piorar. O Pr. Belardin entregou o seu pastorado estava muito doente. Voltamos então, para casa de meus pais no Espírito Santo...

Algumas pessoas diziam que ele não poderia mais pastorear... Outras que deveria procurar algo menos estafante para fazer... Mas Deus, como sempre, maravilhoso conosco, fez com que o Pr. Fanini, o convidasse para ajudá-lo na PIB de Niterói como seu pastor adjunto.

Chegamos à Niterói e quando fomos conhecer o apartamento em que íamos morar no prédio anexo à Igreja, fomos surpreendidos, com a chegada da comissão de indicações da PIB de Campo Grande que depois de dois anos ainda insistia em nos convidar.

Vindo de uma Igreja com poder aquisitivo alta, com uma casa pastoral luxuosa, encontramos: uma casa velha e mal cuidada, na qual sofremos vários assaltos. Nossos filhos adoeceram devido ao calor intenso muito diferente de Londrina no Paraná, ao qual não estavam acostumados, mas depois de algum tempo se adaptaram.

Pasmem! O Pr. Belardin que tinha adoecido, agora estava renovado em seu vigor. Deus o honrou em todos os seus projetos. 10 igrejas foram organizadas nos vinte anos de Ministério em Campo Grande uma a cada dois anos, e mais de mil pessoas batizadas.

Foi eleito presidente da Junta de Missões Nacionais e mais tarde exerceu a presidência da Junta de Missões Mundiais e sempre foi escolhido para estar na liderança estadual e nacional exercendo alguma função, além da participação ativa em várias cruzadas e projetos missionários, viajando pelo Brasil e pelo mundo como convidado.

Organizei o multiministério da igreja que chegou a funcionar com 12 cursos e mais de 500 alunos. Nosso trabalho foi tão abençoador que fui convidada para organizar esse tipo e trabalho na igreja de Andaraí, na Tijuca e na PIB de Vila da Penha, trabalhos que continuam até hoje sendo realizados.

Ao chegar a campo Grande, foi me entregue um salão com a participação de umas 50 a 60 crianças, mas, ao sairmos da igreja deixei sete departamentos infantis com mais de quinhentas crianças matriculadas além do berçário com dois ambientes e a classe de doutrina para crianças.

Naquela igreja exerci quase todas as funções de liderança, em vários ministérios. Foi para mim outro grande laboratório, que me preparou para a função de liderança que exerceria mais tarde na Convenção Batista Carioca.

A igreja de Campo Grande tratava os nossos filhos como suas crianças, foram muito festejados e mimados, nunca serei o bastante grata para agradecer as provas de carinho que deram desde a infância até o casamento de cada um deles.

No período em que meu marido foi diretor geral da Convenção Batista Carioca, exerci voluntariamente, o cargo de Educadora Religiosa da Convenção e nos eventos que programei alguns com mais de 1000 pessoas presentes, (Congressos de Identidade Denominacional, que depois se espalharam pelo Brasil.) nunca recebi um não dos meus convidados para a programação. Fui apoiada em tudo, e isso agradeço a Deus.

As amizades construídas, as batalhas vencidas, foram incontáveis. Sempre ouvi que ser esposa de pastor era algo muito difícil e penoso, eu mesma tinha medo a principio de sê-lo. A minha experiência foi sempre positiva, as bênçãos foram tão grandes que se colocadas na balança da vida, pesariam muito mais do que os problemas.

Eu tive tantos privilégios que nunca os teria se exercesse qualquer outra carreira, como: exercer cargos importantes estaduais e nacionais na denominação por várias vezes; ser professora do IBER, do Seminário do Sul, do Colégio Batista Shepard;

Ser diretora de Educação Religiosa da Convenção Batista Carioca por 12 anos, promovendo seminários, simpósios e Congressos em todas as áreas de interesse do povo Batista.

Pintar mais de 60 batistérios nas igrejas em várias partes do Brasil. Organizar a Associação de Educadores Religiosos Carioca, da qual tive o privilégio de ser a sua primeira presidente. Organizar ainda, o ministério com os Sós fazendo com eles, três animados Congressos. Trazer para o Campo Carioca o Congresso da Terceira Idade e realizar na cidade de Cabo Frio os três primeiros, dirigindo a sua programação. Dirigir a União Feminina por dois mandatos. “Escrever para as nossas revistas da União Feminina, Manancial, e para O Jornal Batista várias vezes; publiquei um “livro “ Revendo a EBD, que foi bem aceito por todos e que já caminha para a sua segunda edição”.

Conhecer e visitar vários países nas Américas e na Europa e andar pelos lugares onde Jesus e seus apóstolos andaram: Itália, Egito, Jerusalém e Grécia.

Quantas pessoas recebi em minha casa? Quantas conversas, telefonemas, encontros, reuniões, aconselhamentos, palestras, estudos?

Quanta coisa Deus me permitiu realizar como esposa de pastor! Quantos milagres Deus me fez testemunhar em todos esses anos!

Posso realmente dizer que sou uma mulher super abençoada a partir dos meus filhos e netos comprometidos com o Senhor e o seu Reino. Fico pensando no trabalho e planos divinos...

Eu uma criança pobre, filha de mãe solteira, sem direito a coisa alguma, mas que ao ser escolhida por Deus, recebi todos os privilégios possíveis a uma criatura humana:

· Uma mãe dedicada; um pai maravilhoso que me escolheu como filha; um preparo nos melhores colégios para que eu pudesse usar o meu conhecimento no seu reino;

· um marido especial chamado por ele para que através do seu ministério eu pudesse obedecer a minha chamada, pois sempre respeitou a minha identidade, apoiando-me em todos os momentos;

· filhos, genro, nora e netos que servem e honram a Deus.

Eu não sabia que Deus me prepararia para uma missão tão difícil como a de lidar com pessoas, e sendo esposa de um pastor, lidar com as suas ovelhas. O Senhor foi me ensinando através dos anos, desde menina, quando ainda não O conhecia. Ele me fez a Heloiza que vocês conhecem transparente, leal, que fala aquilo de deve falar, porque, sigo a orientação de Deus em todos os meus contatos pessoais.

Algumas vezes sei que não agrado pessoalmente às pessoas, mas tenho consciência de agradar a Deus e cumprir a sua missão como esposa de pastor ao aconselhar, exortar, ajudar ou até mesmo desenvolver alguma atividade em conjunto.

Mas o que é ser esposa de pastor? E ser alguém realmente especial, uma mulher escolhida por Deus, preparada e chamada por Ele, para fazer a sua obra junto a aquele servo que escolheu para servi-lo.

Isso não quer dizer que seja alguém sem defeitos, ou livre de problemas, mas, alguém que apesar de suas limitações humanas aceita ser usada por Deus.

Ele sempre chama os dois para cumprirem a mesma missão e esta missão não é dos dois ou de um dos dois, mas, é designada por Ele para o crescimento dos seu reino. Sempre trabalhando juntos, ajudando-se mutuamente e nunca um anulando o outro.

Olhando para trás, vejo como Deus trabalhou desde o meu nascimento, protegendo, cuidando, orientando, amparando, ensinando e caminhando junto em todos os momentos. Foram muitas as vezes que ele me falou pessoalmente corrigindo o rumo da minha vida ou do meu modo de pensar, falar e agir.

Aprendi que: precisava ser chamada para poder entender a chamada do meu esposo. Essa foi à razão pela qual Deus trabalhou comigo desde a infância.

Ele mostrou-me que em algumas situações para ser-LHE fiel, perderia algumas amizades, e até privilégios, mas deu-me coragem para enfrentar todos os momentos difíceis em que precisei me definir, e sempre me recompensou imensamente por isso.

Deus me ajudou a ser amiga de todas as pessoas não fazendo diferenças entre irmãos e irmãs, amando a todos. Deus me ensinou que a minha principal função é cuidar do meu marido e da minha família e depois servi-Lo através da Igreja. Ajudou-me ainda a olhar o todo, nunca somente as partes. Procurando ser sincera em todas as minhas ações.

Outro aprendizado foi que eu deveria sempre entregar-me de forma completa sem esperar recompensas materiais, por isso todo o trabalho exercido por mim nas igrejas foi sempre voluntário. Ser esposa de pastor tem sido uma bênção maravilhosa que eu não trocaria com nenhuma outra posição.

Agradeço o privilégio de poder testemunhar aos irmãos essa minha experiência de vida como esposa do Pr. Belardin Pimentel há 48 anos. Deus seja louvado, por tão grande privilégio!

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